Mesmo de volta, Frota F causa tristeza e indignação em amantes metroferroviários

 

Unidade 505 (antigo F05) foi a primeira a prestar serviços na Linha 5-Lilás.

Foto: Secretária dos Transportes Metropolitanos (STM)

Mesmo de volta à Linha 5-Lilás, o retorno da Frota F foi motivo de tristeza e indignação por amantes metroferroviários que se decepcionaram com a modernização. A frota de 08 trens, que foram fabricados pela Alstom, CAF e Siemens, foi modernizada pela Bombardier (que produziu os trens da Linha 15-Prata) e recebeu o sistema CBTC, além da pintura externa do padrão da ViaMobilidade. Ela ficou 3 anos fora, e foi substituída pela Frota P (2017-presente), que cobre o serviço da antiga frota. Mas ela não consegue aguentar a demanda do trecho Capão Redondo-Chácara Klabin com seus 26 trens, e com a chegada dos 8 trens originais, a Linha 5 passa a ter um total de 34 trens. Durante todo o ano de 2020, os trens ficaram em testes, primeiro, indo até uma das plataformas de Capão Redondo, e depois, rodando por todo o trecho. A primeira viagem de volta ocorreu ontem, sábado (12), conforme noticiado aqui no site. Mas, pelo o que parece, os outros 7 trens ainda estão em testes, para receber um OK da VM e voltarem a operação.

Ausências no trem 505

Segundo o canal Trilhos Que Movem SP (TMSP), em uma publicação feita na aba Comunidade, o trem 505 veio com as seguintes ausências:
  1. Falta do mapa dinâmico, ou seja, o mapa de led (os trens vieram com um mapa adesivado em cima das portas, que é um detalhe de antes da modernização, quando o trecho Largo Treze-Adolfo Pinheiro foi aberto);
  2. Falta dos avisos sonoros (o aviso, que era sonoro antes da modernização, veio sem ser automático, ou seja, anunciado pelo maquinista do trem, igual as Frotas A, C e D do Metrô);
  3. Falta dos letreiros eletrônicos (o letreiro da cabine do trem, que era vermelho, não voltou eletrônico pois antes da modernização eles eram de lona e voltaram com letreiro adesivado, e os internos não funcionam junto com os avisos sonoros);
  4. Falta de passagem entre carros (presente nos trens da Frota P, mas que não foram inseridos mesmo na fabricação da Frota F, entre 2001 e 2002);
  5. Falta de câmeras de monitoramento (presente na Frota P e que foi incluída na modernização das Frotas A, C e D do Metrô).
Procurados, o presidente do metrô Silvani Pereira e o secretário dos transportes metropolitanos Alexandre Baldy ainda não nos deram uma resposta se essas ausências no trem 505 foram consequências da modernização feita pela Bombardier. A empresa também foi alvo de reclamação dos metroferroviários. Mas, tirando todo o clima ruim, a Frota F está de volta e surpreendendo todos.

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