Consórcio Signalling suspende fabricação de trens da Linha 17-Ouro
BYD ficará responsável pela fabricação dos 14 trens e do material rodante do monotrilho.
Foto: Via Trolebus
Como diria o velho ditado "alegria de pobre dura pouco". E para a história da Linha 17-Ouro, essa frase é bem aceita. Nesse sábado (30), a alegria do pobre durou bem menos de 1 mês pois o consórcio Signalling, formado pelas empresas T'Trans, Bom Sinal e Molinari, conseguiu na justiça a suspenção da retomada da fabricação dos 14 trens do monotrilho do Aeroporto de Congonhas, a cargo da empresa BYD Skyrail São Paulo. A fabricação foi suspensa pela desembargadora Silvia Meirelles da 6ª Câmara de Direito Público, a mesma que suspendeu o contrato em junho do ano passado. A Signalling impediu o reinício da fabricação continuando a questionar a escolha da BYD após a sua desclassificação na licitação. Segundo o site Metrô CPTM, os argumentos das empresas do consórcio são a mesma coisa: falta de isonomia do Metrô em analisar pontos não atendidos pela documentação e de que faltou publicidade às decisões tomadas, entre outros, ou seja, a clássica história para boi dormir. Também segundo o Metrô CPTM, a decisão liminar da desembargadora diz que: "Observo que se encontram presentes os requisitos legais para a concessão do efeito suspensivo almejado, nos mesmos moldes como outrora esta Eg. Câmara já se manifestou no agravo supracitado. Isso, porque, aparentemente, a forma como foi conduzido o procedimento licitatório demonstrou, aparentemente, a violação ao princípio da publicidade, uma vez que diversos atos foram notificados exclusivamente por emails, sem a intimação da apelante, além de haver uma publicação em massa de atos incompatíveis entre si. Igualmente, possível a violação à isonomia entre os concorrentes, considerando-se que foi dado à vencedora um prazo para sanear as inconsistências encontradas em sua demonstração de capacitação técnica, sem que houvesse o mesmo tratamento ao consórcio apelante. E, ainda, não se pode desconsiderar a discussão relativa à falta de economicidade ao erário quanto à escolha da segunda melhor proposta, em detrimento da proposta de menor valor". Que triste, não?
Várias idas e vindas também já conteceram com as obras "brutas cívis", que por enquanto, só tem Morumbi como única estação dentro do prazo de entrega. "Causa perplexidade essa decisão judicial que pode colocar em risco a entrega da L17-Ouro em 2022, uma obra tão importante e aguardada pela população de São Paulo. Sua conclusão deve ser defendida por todos, inclusive pelo judiciário. O contrato foi assinado há 9 meses e está em regular andamento. Sua paralisação, como já dito, é prejudicial ao interesse público. O Metrô vai recorrer da decisão e lutar para que a população não seja ainda mais prejudicada.", disse Alexandre Baldy em um post feito em seu Twitter.
Linha 17-Ouro pronta até quando?
Segundo um relatório de empreendimentos do Metrô de novembro do ano passado, o prazo para a Linha 17-Ouro era de até 2023 Segundo o secretário dos transportes, o prazo de entrega é para o final do ano que vem, como dito acima. Mas, no mesmo relatório, só que de dezembro, os prazos para 2023 não são mais vistos e sim dados como "em reprogramação". As obras foram totalmente retomadas pela Coesa Engenharia, que também sofreu muito para terem as obras receberem um OK para serem retomadas. Não se há mais esperanças para o futuro da linha, que operará em forma de Y. Vamos ver as cenas dos próximos capítulos para ver se a fabricação de trens voltará ou não.
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